sábado, 27 de setembro de 2008

Intercâmbio no exterior atrai mais aluno de classe C

Analistas creditam crescimento à melhora da renda e à exigência do mercado de trabalho por segundo idioma
Niza Souza


A participação de estudantes brasileiros com renda familiar mais baixa em intercâmbios internacionais cresceu cerca de 15% nos últimos três anos, de acordo com operadoras especializadas. Entre os motivos estão a maior inserção de alunos com renda familiar entre R$ 1 mil e R$ 4 mil no ensino superior e a exigência de um idioma estrangeiro no mercado de trabalho. Outros indicativos que comprovam essa tendência são os financiamentos de longo prazo e o aumento na procura por destinos mais baratos.Por outro lado, os programas de intercâmbio voltados a estudantes com renda mais alta têm diversificado os pacotes, oferecendo até cruzeiro marítimo (mais informações nesta página). "Hoje em dia há um número maior de estudantes da classe C cursando faculdade e, conseqüentemente, entrando em um mercado de trabalho que exige mais qualificação", analisa a presidente da Brazilian Education Language Travel Association (Belta), Tatiana Mendes. Segundo ela, um dos termômetros da tendência é o crescente interesse por programas de "work and travel", em que o estudante alia o curso a um trabalho. "Esse tipo de programa é mais barato e o aluno tem uma renda extra que o ajuda a se manter no exterior."Para o diretor nacional da Bex Intercâmbio, Flávio Cruzoé, a estabilidade do câmbio e o aumento do poder de compra da classe média são responsáveis pela entrada dessa parcela da população nesse mercado. "Nos últimos três anos, tivemos aumento de cerca de 15% de clientes da classe C. Antes, praticamente não tínhamos essa demanda", afirma. A gerente de Comunicação da Student Travel Bureau (STB), Cláudia Martins, acredita que a viagem internacional "tornou-se necessidade para a classe média que quer ascender profissionalmente".

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